quinta-feira, 22 de abril de 2010

Passadas as folias do Carnaval e da Páscoa, eis-nos de novo em aquecimento, porque o Verão vem aí.
Chegado o dia 11 de Abril os Biclas TTeam rumaram a Conímbriga para pedalar na Serra do Sicó.
O Luís já era baixa confirmada à partida, a Sandra e o Pedro deram baixa ainda antes da 7h00 da manhã e o Nuno acabou por também não comparecer, mesmo assim éramos 9 a pedalar serra acima (e abaixo): o Capela, o Rogério, o Bruno, o Paulo, o Ruben, o Bruno Pinto, o Martinho, o Octávio (meu colega de trabalho) e eu.

Ainda não tinham dado as 9h00 já o grupo rolava pelos trilhos do Sicó.
Logo nos trilhos iniciais apareceu um engano: o GPS levou-nos por caminhos que já se encontravam tapados ou que se calhar nunca foram abertos.
Este engano levou-nos para um singletrack a subir de deitar o bofes.
Ultrapassada a dificuldade, lá seguimos em direcção ao traçado programado, que nos iria levar para a Senhora do Círculo.
Para lá chegar foi preciso trepar mais uma parede, deixando-nos mais uma vez com a língua de fora, seguindo-se a mais radical e perigosa descida do traçado, em direcção a aldeia de Casmilo.

Logo à saída da aldeia de Casmilo, aparecem-nos duas paisagens espectaculares que podemos apreciar nesta região: o campo de Lapiás e as Buracas de Casmilo.

Depois de apreciar-mos estes monumentos arquitectónicos moldados pela natureza, seguimos em direcção às eólicas, onde podemos atingir a altitude máxima (540m) desta volta.

A seguir a uma subida aparece sempre uma descida e aqui não foi excepção, sendo que esta foi em estradão, o que permitiu desfrutar da velocidade que o caminho permitia, apesar da gravilha que nos aparecia, criando alguns sustos.

Depois de ultrapassadas as maiores dificuldades em termos de subidas e dado o adiantado da hora, a opção foi a de começar a cortar caminho para que assim pudéssemos continuar a desfrutar da bela paisagem que a Serra do Sicó nos apresenta.
Assim, seguindo por estrada fomos para a Senhora da Estrela, onde tirámos a foto de grupo, o onde podemos reabastecer de água, antes de iniciar o caminho de regresso pela aldeia do Poio e pelo seu respectivo canhão.


O canhão do Poio é um singletrack onde ficamos de boca aberta pela sua beleza e que não nos deixa errar, pelo menos na sua parte inicial (para quem vem de Poios), e com densa vegetação no final.
Foi a partir da saída do canhão que começaram a fazer-se sentir os efeitos do calor que estava neste dia. Mesmo assim, continuávamos a seguir ou pelo menos a tentar, o caminho.
Mais uma vez fomos dar a um bêco sem saída: caminhos que foram abertos para fazer este traçado, estavam agora fechados não nos deixando alternativa. Pena o tempo perdido a tentar achar saída sem nunca conseguirmos, fazendo-nos voltar para trás, atalhando para a vila de Degracias de onde seguimos até encontrar o trilho um pouco mais para a frente.

Nesta fase já a decisão estava tomada: esquecermos a parte dos trilhos do Rabaçal atalhando terreno depois de passarmos por Quatro Lagoas e Vale Centeio, onde já escasseava a água para alguns dos companheiros, seguindo em direcção a Chancas e depois para a Serra de Janeanes.
Foi nesta aldeia, quando ainda faltavam cerca de 5km para chegar a Conímbriga que finalmente conseguimos abastecer de água. Um dos moradores que se encontrava à porta cedeu-nos dois garrafões para enchermos os bidons.
Ultrapassada a secura, estavam para vir as últimas dificuldades do dia: a ligação desta aldeia à do Poço tinha uma subida e duas descidas em empedrado o que as tornou mais dificeis do que fazer a subida.


Finalmente chegados a Conimbriga, ainda houve tempo para tomar um banho de água fria numa torneira existente nas ruinas e que serviu para retemperar as forças para a refeição que fizémos numa churrascaria de Condeixa.
Depois deste empeno mais uma fase de relaxe com a Rota das Adegas de Cantanhede já no próximo dia 24 de Abril a que se seguirá uma fase de preparação fisica e psicológica para o Caminho de Santiago que o Biclas TTeam irá fazer em Junho.
Para terminar e para quem estiver a seguir este blogue segue o link para o nosso calendário http://calbiclastteam.pt.vu/.
Boas pedaladas.
A gente vê-se por aí.
João Torrão

segunda-feira, 22 de março de 2010

Depois de passado o Carnaval eis-nos de novo na estrada, ou melhor no carreiro.
Com um aquecimento feito nos estradões entre Ílhavo e Mira, no dia 7 de Março, aparece-nos a seguir a Rota da Vala Velha no Corticeiro de Cima, oito dias depois.
Prova que se afigurava de alguma facilidade, devido ao tipo de terreno desta zona, mas que a metereologia sentida nas semanas anteriores fez com que tudo se complicasse em determinadas partes da prova.
Para esta prova, os Biclas TTeam tinham em carteira algumas novidades, tais como a presença do Tiago Neves , do Pedrito, da Vera, do Paulo Lameiro e do Ilídio, que trouxe consigo um amigo.
Em contrapartida faltaram nomes sonantes da equipa como o Germano, que ficou a descansar e o Pedro Guedes, que se encontrava de "baixa".
Na linha de partida alinharam ainda o Rogério e o Martinho, que fizeram companhia ao Paulo na Maratona, e o Luís, o Bruno, a Sandra, o João e eu, que com os restantes alinhámos na Meia-maratona, ainda nos fez companhia a Bé que com o Pedro, que tirava fotografias, nos apoiaram em alguns pontos da prova.
Com as partidas desfasadas, lá seguimos rumo e tal como era caracterizado pela organização, a primeira parte e a zona final era bastante rolante, só na parte central apareciam os problemas desta prova, com o barro, a lama e as valas (que certamente deram o nome a esta prova) a darem cabo do juízo e do físico ao pessoal.
O melhor Biclas foi o Pedrito, seguido do Luís, da Sandra, que foi segunda na secção feminina, do Bruno, do Tiago, eu, o João e na parte final a Vera, o Ilídio e o amigo. Na Maratona apenas o Martinho e o Paulo ficaram classificados.
Inicialmente marcada com 35 km, a Meia-maratona acabou com apenas 26,5 km, o que fez com muitos dos participantes se começassem a poupar na altura que consideraram o meio da prova, para poderem atacar mais para o final e eis que dum momento para o outro estava terminada a meia-maratona da Rota da Vala Velha. Também na Maratona, um erro de marcação de caminho, ou pelo menos a falta de alguém no local de indicasse o caminho certo, fez com que cerca de 30 participantes, entre os quais o Rogério, chegassem ao local de partida 20 minutos após a mesma.
Como nem sempre tudo pode correr bem, também aqui os problemas apareceram e desta vez calhou ao Luís furar, fazendo com que aos 4 kms eu e ele fossemos os últimos, fazendo esperar o motard que encerrava a prova. Também o João furou numa altura da prova onde já circulava sozinho, tendo de se desenrascar.
Depois de terminada a prova vieram os banhos que não foram bons nem maus. Parte dos participantes tomaram banho de água quente, os outros de água fria. Em jeito de conselho, penso que não haverá no Corticeiro de Cima, condições para uma prova com mais de 250 participantes e, mesmo assim, com boa vontade.
Também o comer será um problema a resolver por parte da organização. Da minha parte não tive problemas, mas os participantes que chegaram no fim, tiveram algumas dificuldades em arranjar comer.
Para terminar o dia fomos até casa do Martinho, onde começámos a trabalhar sobre a ida a Santiago de Compostela.
A gente vê-se por aí.
Boas pedaladas.
João Torrão.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Challenge Series ou o gosto de levar porrada.
Foi o terceiro Challenge que fiz e, tirando o primeiro, cada vez mais me convenço de que é uma prova para doidos.
A prova marcada para 30 de Janeiro decorreu num dia espectacular para o BTT. Pouco passava das 7h30 quando o grupo do Biclas TTeam chegou a Vouzela. Um grupo de 15 pessoas estava pronto para enfrentar 2800 m de acumulado, isto à partida.
A Sandra, o Pedro, o Luís, o Rogério, o Germano, o Nuno, o Germano, o Capela, o Ruben, o Martinho, o Ruben Alves, o Vaia, o Paulo, o Bruno e Eu compúnhamos o grupo que por volta da 8h15 arrancou disposto a fazer os 105 km programados.
Ainda não tínhamos aquecido e logo na primeira descida, encontrámos um companheiro de viagem que bateu de cabeça no chão, ficando todo atarantado, sem saber onde estava nem como ali tinha chegado. Depois de o entregarmos a um dos elementos da organização, seguimos caminho em direcção à A25, que ultrapassámos depois de termos estado parados à espera de parte do grupo que decidiu seguir um caminho errado, deixando para trás os elementos que levavam Gps, eu e o Simão. Depois de fazerem 2 km a descer tiveram de os subir para se reunir de novo ao grupo.
De novo todos juntos, já aqui se notava que o Ruben Alves não estava bem mas, lá prosseguimos caminho, em direcção à primeira aldeia do percurso, Adsamo, não sem antes passarmos por baixo do antigo IP5, o Germano por pouco não ficava sem um dos cranks e não sem antes abastecermos num tanque onde todos estavam dispostos a mergulhar, se fosse verão.
À saída da aldeia que nos levaria ao ponto mais alto deste passeio, mais um contratempo: um dos parafusos do cleat do Capela, perdeu-se. A tentativa de reparação não surtiu efeito mas, mesmo sem o parafuso, o sapato desempenhou o seu papel.
Chegados aos 1050m de altitude, começava-se a desenhar a parte negra deste Challenge Series.
O Ruben Alves cada vez apresentava mais dificuldades, eu e o Nuno Cardoso também começávamos a evidenciá-las e o Ruben que não tinha levado alimentação de qualquer espécie, passava um mau bocado por falta dela. Os restantes começavam a mostrar-se nervosos por causa do tempo de espera que faziam e o tempo frio não ajudava em nada as paragens efectuadas.
A descida que efectuámos a seguir, animou as hostes mas, foi curta, pois logo de seguida, voltámos a ultrapassar pela segunda e última vez os 1000 m de altitude. A descida que fizémos de seguida, levou-nos para a N230, que liga Águeda ao Caramulo e fez com que perdêssemos mais algum tempo: um furo do Vaia.
Depois de passarmos por Varzielas e ainda antes de voltarmos de novo à N230, o Vaia teve mesmo de mudar a câmara furada.
Depois da reparação feita, a vontade de chegar ao almoço era mais que muita, mas ainda faltavam uns bons quilómetros e passar pelas aldeias de Meã e Rua, donde já se conseguia avistar o restaurante, que ficava em Alcofra, onde chegámos por volta das duas da tarde, cheios de vontade de ficar por ali.
Já no restaurante, juntaram-se a nós o Tiago Neves e o Cláudio, que tinham programado esperar por nós em Gambarinho mas, como o atraso era grande foram encontrar-se ali connosco. Também não posso esquecer um companheiro do pedal, ali da zona e do qual não recordo o nome e que nos acompanhou durante quase todo o percurso que efectuámos até ali.
Depois de metermos no bucho aquilo que havia de sólido disponível (rojões, lombo assado, bifanas) e alguns líquidos (vinho, cerveja, sumos e café com cheirinho), apenas a Sandra e o Rogério estavam dispostos a continuar. O Paulo decidiu ficar por ali junto com o Ruben Alves que já tinha rebentado à muito
A hipotermia era tal, que no meu caso dava para bater o dente de tal maneira que foi um caso complicado até para ligar o Gps. Chegados a um consenso, decidimos ainda fazer a serra de Farves de depois veríamos o que fazer.
Este consenso levou-nos a arrancar dali, sem sequer nos despedirmos dos dois companheiros que ali ficaram, acto feito por um telefonema alguns minutos mais tarde, depois de já termos descido uns bons metros e levou-nos a passar pelas aldeias de Viladra, Cabo da Vila e Mouta e fez com que eu e o Nuno levássemos mais um empeno na passagem da referida serra.
Depois de ultrapassada a serra de Farves e assim que apareceu a primeira estrada alcatroada, a opção foi fazer um "corta mato" até Vouzela, uma vez que o avançado da hora e os quilómetros que ainda faltavam fazer atiravam-nos a chegada para muito tarde e os compromissos assumidos (marcação do restaurante para o jantar) tinham hora.
O caminho que levámos de regresso a Vouzela, levou-nos a Mogueirães, Cambra e Confulcos, onde apanhámos a N228 que nos levaria até ao destino, não sem antes, eu e o Nuno pregarmos uma partida aos nossos companheiros de viagem. Como erámos nós que fechávamos o grupo, atalhámos pela zona industrial quando nos aparece o final do traçado, que era feito pela linha do Vouga e que nós também fizemos, evitando assim as subidas finais de Vouzela.
Praticamente ao mesmo tempo que nós, chegaram a São, esposa do Rogério, a Be, esposa do Luis, a Paula esposa do Germano e a filha, e a minha esposa, Graça.
Depois dos banhos tomados, estava na hora de nos dirigirmos ao restaurante onde iríamos fazer a reparação dos danos causados durante aquele dia. O restaurante era já nosso conhecido, uma vez que já por ali tinhamos estado aquando da nossa ida ao encontro do BTT Vouzela em Novembro.

Bem comidos e satisfeitos regressámos a casa onde chegámos por volta das 23h30 e de minha parte cheguei convicto de que não farei um novo Challenge Series enquanto me recordar desta "Fuga dos Soldados" e do "Sangue Suor e Lágrimas" do Buçaco, apesar de ainda assim ter passado bons momentos e ter boas recordações do companheirismo que passámos.
A gente vê-se por aí.
Boas pedaladas.
João Torrão

domingo, 31 de janeiro de 2010

A seguir a Sepins, o que se segue é mais etapa do Challenge Series, a Fuga dos Soldados, em Vouzela, no dia 30 de Janeiro.
Como os treinos consistem apenas nas voltas de domingo e raramente ultrapassam os 5o Km, decidiu-se fazer uma voltinha por Sernada oito dias antes desta épica jornada.
Assim, ainda não eram 8h00, já o Germano estava a pedir o café da manhã. Como a hora marcada para a partida eram as 8h30 nas piscinas de Ilhavo, bem se vê a ansiedade do homem.
Depois de reunidos, eu, o Bruno, o Rogério, o Pedro, o Germano, o Martinho, o David e o Capela, lá partimos para a aventura.
Seguindo por estrada, caminhos e carreiros até à estação de Sernada, fizemos por lá a primeira paragem para tomar um cafézinho e meter alguns açucares para dentro.
A pausa foi pequena, porque não podíamos arrefecer muito e logo arrancámos em direcção à eólica, seguindo pela ecovia, que deixámos pouco depois, para fazer a subida dos castanheiros.
Depois de subirmos alguns quilómetros na zona de Paradela, eis-nos a descer até à ponte onde tivemos de efectuar alguns trabalhos de cantoneiro, tal era a quantidade de água e lama acumulada na dita. Com tanto entulho, um dia a ponte vem abaixo.
Adiante que se faz tarde, lá íamos a subir novamente em direcção à eólica.
Foi nesta subida que o corpo começou a sentir o desgaste, obrigando-me a fazer as partes mais inclinadas a pé, tendo mesmo feito a parte final, que se encontrava bastante enlameada, completamente a penantes.
Chegados ao topo, fizemos uma pausa para repor as energias e apreciar a paisagem.
No começo da descida para Macida, deu-se o meu golpe de sorte: tinha o eixo da frente desapertado. Imagino o que seria ter feito a descida naquelas condições.
Chegados à aldeia, estava na hora do reabastecimento no fontanário local, até porque já faltava a água a alguns.
De novo a caminho, lá fomos andando até uma subida, que mesmo a pé nos deixou sem fôlego. Só o Rogério a subiu, deixando o Bruno alguns metros atrás. Depois de rolar-mos algumas centenas de metros, ficámos sem fôlego com descida que terminava em precipício e que também só o Rogério desceu.
Refeitos de tantas emoções, já em estradão, lá rolámos em direcção a Sernada. O redanho esperava com ansiedade a chegada deste grupo de esfomeados.
Depois de repostas as energias restava-nos regressar e a opção foi seguir por Albergaria á Velha, e fazer os quilómetros finais em alcatrão.
Chegados a Ilhavo, os únicos sobressaltos foram dois furos, um na bicla do Pedro e outro na minha, mas como o gel fez o seu efeito, tudo correu dentro da normalidade.

Para acabar o dia, estava marcado um lanche para casa do Pedro e da Sandra, onde iríamos acertar os pormenores da ida ao Challenge Series e no qual tivémos a companhia do João e do Luis.
Pormenores acertados, lanche acabado. estava na hora de regressar. Assim o fizémos para passar uma semana à espera de mais um empeno dos grandes.
A gente vê-se por aí.
Boas pedaladas.
João Torrão

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Com um atraso dos diabos cá vou tentar pôr este blog em dia.
A prova de Sepins já lá vai.
O ano não começou muito bem e, por azar ou não, continua a não correr muito bem.
Para a prova de Sepins os ânimos não estavam muito elevados: tinha chovido toda a semana e, embora não chovesse nesse dia, os terrenos estavam de tal maneira que as previsões eram bastante derrotistas. O Simão nem sequer saiu de casa.
Se à partida a vontade era não alinhar, depois de lá chegados, todos se prepararam, à excepção do Martinho, que embora presente, ainda estava combalido pelo tralho que dera no fim de semana anterior.
À hora marcada lá conseguimos arrancar, tal era a massa de gente com bicicletas que se encontrava em Sepins. Com o Germano colado na frente e todos os outros cá para trás (a Sandra, o Pedro, o Luís, o Rogério, o Bruno, o Daniel, o Lúcio e Eu), lá fomos andando, até porque o objectivo era mesmo passear.
Apesar de irmos com calma, há sempre alguém que aparece para nos fazer passar dos carretos.
Aos 4 Km da prova isso acontece: um individuo, a brincar com as poças de água, dá um toque no Pedro, quase o metendo ao chão. Logo de seguida faz-me o que não conseguiu com o Pedro: leva-me de zorro, junto com outro companheiro de prova. Resultado: uma manete partida, o guiador virado ao contrário, os cabos desencaixados e o Pedro virado do capacete a pedir explicações com tal veemência que se o individuo as tivesse dado, além das poças da água tínhamos ali o caldo entornado.
A minha prova estava acabada e nem como passeio já servia. Mandei os meus colegas à vida deles e fiquei para consertar o que podia para regressar.
Depois de ver que o travão que me faltava era o da frente, arranquei para tentar colar ao pessoal, facto que fez com que o desgaste tido, marcasse os quilómetros finais.
Já passava dos 30 km quando encontrei o Lúcio, que levava a suspensão danificada e apenas encontrei o Bruno no último reabastecimento (que grande reabastecimento), vindo a perder o contacto com ele no último controlo.
Com um percurso rolante na parte inicial e com as dificuldades deixadas para o final, a lama que já é marca registada nesta prova, fez com que muitos poucos chegassem ao final sem problemas. Desde furos a correntes partidas, passando por todos os problemas mecânicos que possamos imaginar, a falta de travões (tanto fazia serem hidráulicos como V-brake) rebentou com a escala, provocando a maioria das desistências.
Da equipa do Biclas TTeam ninguém desistiu, apesar dos problemas sentidos. O Luís foi o primeiro a chegar (57º) e já tinha o Rogério a morder-lhe os calcanhares (63º). Depois chegou o Daniel (111º), o Germano (148º), o Pedro (165º), a Sandra (232º e 5º feminino), o Bruno (282º), o Lúcio (302º) e finalmente a minha pessoa (318º).
Depois de tudo arrumado, estava na hora do repasto: leitão e espumante.
Se na prova ninguém desistiu, no almoço muito menos e à mesa quem ganhou foi o Germano que conseguiu que lhe enchessem o prato por 4 vezes.
De regresso a casa ainda houve tempo para passar pela do Martinho que decidiu oferecer-nos um copo por mais um aniversário. Assim começou o fim de um dia como à muito não se via. Depois de deixar-mos o Martinho em casa, o Pedro, a Sandra e o Pedrito ainda passaram cá por casa, para pôr a conversa em dia. A esta reunião ainda se juntou o Luís com a esposa e a filha, assim como o João, também ele acompanhado da esposa e do filho.
O empeno sofrido em Sepins, só durante a semana se veio a sentir mas, com uma organização impecável, será uma prova a pôr no calendário.
A gente vê-se por aí.
Boas pedaladas.
João Torrão

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Finalmente começou o ano de 2010.
Com o primeiro fim de semana marcado pela chuva, ninguém quis meter o cabedal de molho (desde finais de Outubro que andava debaixo de água), por isso a primeira saída deste novo ano ficou adiada para o dia 9 de Janeiro, com a deslocação à zona de Sernada/Sever do Vouga.
Com a minha saída do trabalho marcada para as 8h00, o rumo foi directo para a estação de Sernada, onde aguardei a chegada do meu amigo Vaia (da equipa Guersan), e do resto do pessoal que se juntaram em Vale de Ilhavo: o Martinho que foi buscar o Ruben, a Sandra e o Pedro que foram apanhar o Bruno, o Nuno e o Ilídio. A nós ainda se juntaram mais três amigos que por ali estavam para também pedalar.
Espero e desejo que o ano de 2010 não se reflicta neste dia 9 de Janeiro. Será certamente dos dias mais frios deste ano (e ainda só estamos no inicio) e as consequências desta volta poderiam ter sido, espero que não, marcantes.
Com o frio que estava, a opção foi a de rolar o mais possível antes de apanhar as maiores subidas, de maneira a fazer-se um aquecimento gradual, por isso seguimos em direcção à ecovia durante alguns quilómetros e antes de entrarmos na referida, junto à foz do Rio Mau (?) entrámos no mato, seguindo num estradão paralelo ao rio.
Sempre subindo, sem grandes complicações, lá fomos aquecendo, uns melhor do que outros, desfrutando da paisagem que se nos apresentava, ora por um lado ora por outro.
Antes de chegarmos ao parque da Cabreia (Silva Escura), ainda pudemos apreciar umas cascatas junto à fundição das minas do Braçal (mea culpa Martinho) por onde passámos a seguir.
A partir de Silva Escura o grupo encurtou, uma vez que um dos amigos que se tinha juntado a nós se sentiu indisposto e decidiu voltar por estrada.
Depois de mais alguns quilómetros por montes e vales, por opção decidiu-se começar o regresso sem ir às cascatas da Fílveda.
Se a opção foi boa ou má ninguém sabe, o que é certo é que logo a seguir apareceu o primeiro contratempo e logo comigo: furo.
A cobra era tão grande que o anti furo não deu para tapar a mordidela. Roda fora, há que meter câmara nova e ingenuidade tamanha, três homens de volta duma roda e nem se aperceberam que o pneu tinha ficado mal encaixado, resultado: mais uma câmara p'ró galheiro.
Tudo pronto, à que rolar novamente. Ao fim de mais uma dezena de minutos, chegámos ao marco geodésico donde pudemos, apesar da neblina que se fazia, apreciar uma paisagem deslumbrante.
Ala que se faz tarde e como não há pressa que não dê vagareza, mais um contratempo: na descida a Sandra caiu. Sem se saber muito bem porquê, a corrente trilhou entre a cassete e a roda, de tal maneira que para se tirar a roda teve de se cortar a corrente. Depois de alguns trabalhos técnicos, dignos de uma equipa de engenharia, a bicicleta ficou a andar sem empenos de maior.
Ainda faltava um bom bocado de caminho e antes de chegarmos à Casa do Guarda, mais uma ratoeira nos esperava: na descida que a antecede, um rego transversal, atira o Martinho para o chão. Bastante combalido, logo ali se notou que só com muito custo conseguia travar.
A partir dali o regresso prometia ser mais cauteloso, mas ainda as palavras não tinham sido proferidas já o Bruno e Ruben, que lideravam e pelotão, por pouco não se espalhavam pela valeta fora, numa curva feita a alta velocidade.
Depois de passarmos por Vila Nova de Fusos, por Mouquim, onde as laranjas até caíram bem, e por baixo da A25, onde à 13h00 ainda havia gelo, chegámos finalmente a Sernada.
Depois das bicicletas arrumadas, estava na hora de ir pôr em prática o que já começa a ser praxe: saborear o redanho do bar da estação.
Ainda antes de irmos ao bar, estivemos à conversa com um grupo que tinha vindo de Famalicão, os Amigos do Pedal, para fazer um Passeio de Casais, pela ecovia até Paradela, e a quem eu, em nome do Biclas TTeam mando um abraço e desejo um 2010 cheio de pedaladas. Teremos certamente mais oportunidades de pedalar juntos.


Finalmente tratados, tanto fisica como espiritualmente, estava na hora do regresso.
A certeza de que só nos iríamos encontrar novamente em Sepins, no próximo dia 17, dominou as conversas de despedida.
Na hora que escrevo este relato, tenho uma certeza: a ida a Sepins está assombrada pelo mau tempo que continua a fazer-se sentir. Que vou lá vou; que vou andar de bicicleta, só a maluquice da hora o dirá.
A gente vê-se por aí.
Boas pedaladas.
João Torrão

domingo, 3 de janeiro de 2010

Não posso começar o ano de 2010, sem terminar o de 2009.
O último domingo do ano serviu para aliviar o corpo de algumas calorias adquiridas no Natal.
Por volta da 8h30, lá estávamos nas piscinas de Ilhavo prontos para arrancar. A mim, ao Rogério e ao Bruno, que fomos de Vale de Ilhavo, juntou-se o Paulo, das Quintãs, a Sandra, o Pedro e o Luis da Gafanha da Encarnação, o Lúcio de Ilhavo, o Pinto e o filho Bruno, do Bonsucesso e o Salgado de S. Bernardo.
Arrancámos para a Vista Alegre, passando pela Barquinha, indo depois para a Ermida, onde fizémos um bocado de mato, para passarmos cá por casa para ajudar a limpar a mesa das calorias que ainda por ali andavam do Natal.
Entretanto, o Germano que andava desaparecido, lembrou-se de ligar o telemóvel e viu as chamadas, aparecendo na altura que estavamos a comer o bolo rei.
Depois de satisfeitos, arrancámos direitos à Lavandeira e depois ao Fontão, onde começaram os problemas. O Germano sentiu-se mal com o frio e dizia que era do bolo rei. O Bruno Pinto estava com dores de barriga e teve mesmo de abandonar o passeio, indo para casa à boleia porque já nem conseguia pedalar.
Foi com pena que deixámos o Bruno e o pai, mas não podia ser de outra maneira. O Germano ainda continuou e depois de aquecer, lá para os lados de Nariz/Verba, começaram as brincadeiras da praxe.
Depois de passarmos por Verba, fomos para a zona das lagoas, passámos pelo caminho de ferro e fomos sair à Zona Industrial de Mamodeiro, junto à auto-estrada. Seguindo para a dita localidade, introduzimo-nos novamente no mato, onde tivémos de andar com as bicicletas às costas, em consequência dos caminhos traçados pelo Google Earth. Resolvida a situação e já em terrenos mais circuláveis, chegou a hora de o Paulo rumar por outros caminhos, uma vez que já eram quase 12h00 e ele tinha outros compromissos.
O que restava do grupo, seguiu para a Granja e depois para Eixo com rumo a S. Bernardo para irmos entregar o Salgado.
Depois da cerimónia da entrega, ainda faltavam alguns quilometros para chegar a casa. Passámos por Aradas, Bonsucesso, Ilhavo e finalmente casa.
Todos fizeram mais de 50 km, tendo da minha parte o GPS acusado 57.Uma voltinha simples, mas com bastante sobe e desce.
No dia em que escrevo estas notas já estava anulada a primeira saída de 2010, por causa das condições metereológicas, o que implica ter de dar algumas voltas durante a semana, caso contrário só irei pegar na bicla no dia 17 de Janeiro em Sepins.
Aproveito estarmos já em 2010, para desejar a todos os frequentadores deste Blog um ano cheio de tudo aquilo que desejarem de bom.
A gente vê-se por aí.
Boas pedaladas.
João Torrão