terça-feira, 13 de julho de 2010

O ano de 2010 tem sido fértil em actividades, o que aliado a alguma malandrice faz com que o tempo seja curto para actualizar este blog. Com o atraso que está já vai ser difícil pô-lo em dia com todo o rigor que devia ser exigido. Vou tentar e para isso vou agrupar algumas saídas e esta entrada tem a ver com a Rota do Bacalhau.
O dia 6 de Junho começou cedo e difícil. Com o compromisso de fornecer o pão que iria ser servido aos colaboradores da prova, marcado para as 7h00, a alvorada tinha mesmo de ser cedo.
Pouco passava das 9h00 quando chegámos junto ao Museu Marítimo de Ílhavo, local de partida para esta Rota do Bacalhau.


Quando foi dado o inicio da prova, 500 ciclistas puseram-se a caminho para percorrer os trilhos da região de Ílhavo, Vagos e Oliveira do Bairro.

Com o alcatrão a marcar presença nos quilómetros iniciais, os problemas começaram a surgir assim que entrámos na Quinta da Vista Alegre: o afunilar e a falta de perícia de alguns participantes, fez com que tivéssemos de atravessar o trilho junto ao rio a pé.

O percurso da Rota continuou pela Ermida, Quinta da Valenta, Pedricosa, onde começaram as dificuldades, Lavandeira, Ponte de Fareja e Soza, onde se encontrava o primeiro abastecimento.


Depois de fazermos mais alguns singletracks nas encostas de Soza e do Boco, seguimos para S. Romão, onde foi aproveitado a pista de motocrosse para se fazer um percurso ideal para tirar algumas fotos, finalizando com mais um abastecimento.

Seguiu depois a Rota do Bacalhau, para o Ervedal, Ouca donde fizemos a ligação ao Tabuaço e dali às cerâmicas de Bustos, Carregosa, onde foi mais um abastecimento, Palhaça, Fontão, Lavandeira, Vale de Ílhavo, para terminar em Ílhavo, junto ao Centro Cultural.


Um percurso com cerca de 55 km, com dificuldades suficientes para tornar esta Rota do Bacalhau numa das melhores do panorama do BTT.


A equipa do Biclas TTeam esteve presente com 20 participantes, e se a esta distancia já era necessário fazer um esforço para relembrar todos os participantes, fica concerteza na memória mais um terceiro lugar alcançado pela Sandra Guedes.



A gente vê-se por aí.
Boas pedaladas.
João Torrão

sábado, 19 de junho de 2010

O dia 8 de Maio começou bem cedo.
Por volta das 5h45 tínhamos de estar na Estação da CP de Aveiro para apanhar o comboio com destino a Santa Comba Dão.
Apesar do dia não se apresentar maravilhoso, ninguém faltou à chamada e à hora marcada o comboio arrancou com onze Biclas a bordo
A Sandra, o Capela, o Luís, o Rogério, o Nuno, o Paulo, o Martinho, o Simão, o Germano, o Bruno e eu, lá fizemos a viagem que teve um interregno na Pampilhosa para fazermos transbordo da Linha do Norte para a Linha da Beira Baixa e podermos chegar ao destino: Sta. Comba Dão.
Lá chegados por volta das 8h00, estava na hora de pedalar para podermos encontrar a Linha do Dão alguns quilómetros mais à frente, uma vez que havia (há) a impossibilidade de atravessar o Rio Dão pela ponte ferroviária.
Percorridos cerca de 6km chegámos a aldeia do Grangal onde começou a confusão para encontrar a linha. Depois de entrarmos em tudo o que era rua, caminho, carreiro e de estarmos a cerca de 5om da ponte, estava complicado começar a travessia propriamente dita.
Com uma hora feita, os ciclómetros marcavam 11km mas, finalmente tínhamos dado com a dita ponte ferroviária e depois de tirarmos a únicas fotografias que o tempo nos permitiu, lá arrancámos pela Linha do Dão, com destino a Viseu




Com as obras de transformação em ecovia em bom andamento, o piso da Linha do Dão não tem nada a ver com um traçado de ferrovia. Quase todo em vias de ser alcatroado, apenas apareceram dificuldades na travessia dos pontões o que nos levou a fazer alguns desvios, apesar da insistência do Rogério em querê-los atravessar.
Paisagens magnificas aquelas porque passámos. A transformação que está a ser feita peca por tardia uma vez que parte da linha já se encontra ou ocupada por outros equipamentos e mesmo o património arquitectónico já se encontra nalguns casos sem qualquer hipótese de recuperação.
Com a viagem a ser feita sempre com a presença do factor chuva, foi na zona de Tondela que começaram a surgir "problemas": apanhámos o primeiro pontão intransponível o que nos levou ao centro da cidade, depois de retomarmos a linha o Germano começou a queixar-se com um furo lento e mais à frente a Sandra deslumbrou-se com um grupo de Peregrinos para Fátima e atirou-se para o chão, facto logo aproveitado para o Germano pôr todos a trabalhar na reparação do seu furo.
Depois de tudo ficar em ordem lá prosseguimos linha fora para na Sabugosa fazer mais um desvio, já que na linha foi feito um polidesportivo, logo a seguir e antes de atravessarmos o túnel de Parada começou o Bruno a queixar-se com uma roda a vazar que, apesar de tudo, ainda deu para ver o padeiro da zona, que apareceu mesmo na hora H, tendo ali ganho o dia com a venda de bolos e pasteis, mas não deu para sair de Farminhão, já que a trilhadela era tamanha que nem o antifuro lhe valeu.
Até Viseu ainda tivemos de fazer mais um desvio na aldeia de Mosteirinho para podermos ultrapassar mais um pontão mas nada que não pudesse ser feito.
Chegados a Viseu entrámos logo na Linha do Vouga uma vez que tínhamos de aproveitar o tempo e se tivemos problemas para encontrar a Linha do Dão, não foi fácil sair de Viseu pela Linha do Vouga.
Depois de alguns metros feitos na antiga linha logo se tomou a opção de subir pela Av. Europa até entroncar de novo no traçado um pouco antes de chegarmos ao quartel da GNR de Viseu mas, também essa foi uma má opção, uma vez que junto ao quartel foi instalado um estaleiro de obras que nos fez recuar de novo.
Quando conseguimos entrar de novo na Linha do Vouga, fomos obrigados a sair de novo ao fim de poucos quilómetros devidos às obras feitas pela autarquia de Viseu ou pelas Estradas de Portugal. A tentativa de entrar de novo na linha também não surtiu efeito depois de percorrermos a N16, porque mais uma vez a opção escolhida levou-nos a entrar num estaleiro e por consequência no quintal duma habitação deixando-nos num bêco aonde a única saída era mesmo pela habitação, coisa que fizemos depois de autorizados pelo dono da mesma.
Com o avançar da hora impunha-se a procura de um sitio onde comer, facto que se fez em Travanca da Bodiosa. A opção foi a de comer num átrio e em pé, uma vez não estávamos em condições de entrar. Molhados e com o frio a apertar,o comer cingiu-se a umas sandes, cervejas, sumos e café. Logo após a paragem foi o Simão quem mais sofreu, entrando mesmo em hipotermia, valendo o facto do Capela ter uma sweat seca para que o Simão recuperasse. Também eu fui obrigado a vestir o impermeável.
O arranque foi custoso por causa do frio e da humidade mas ao fim de algum tempo já se conseguia pedalar a bom ritmo.
A Linha do Vouga era já nossa conhecida e os obstáculos previsíveis, tendo-se efectuado a primeira paragem em S. Pedro de Sul, para retemperar forças.
Esta parte do regresso ocorreu sem incidentes de maior, com apenas mais um furo por parte do Bruno e o facto de os mais capacitados explodirem de vez em quando.
Com a chegada do fim da linha a opção foi parar em Sernada para mais uma vez recuperar pra o resto da jornada.
Como a hora já se adiantava tomou-se rumo a Albergaria à Velha, para fazer a ligação a Aveiro, abandonando a ideia inicial de seguir por S. João de Loure-Azurva.
Chegados à estação da CP por volta das 20h30, já lá estava o Pedro Guedes à espera, ansioso pelo relato, ele que só não participou devido a uma lesão.
Depois da limpeza do corpo, seguiu-se a "limpeza" da alma onde pudemos pôr tudo em pratos limpos até às tantas, começando já a tratar das próximas saídas.
A gente vê-se por aí.
Boas pedaladas.
João Torrão
Não há meio de pôr este blog em dia.
Esta entrada vai servir para publicar as fotos da Rota das Adegas, tiradas pelo Tiago.
Cá vai então uma selecção das inúmeras fotos tiradas nesse dia.
























Depois de completar a Rota das Adegas ainda tenho mais um mês de trabalho.
Vamos a ver se ainda consigo pôr em dia todas as saídas que a malta do Biclas TTeam fez.
A gente vê-se por aí.
Boas pedaladas.
João Torrão

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Como sempre, este Blog está atrasado.
A ver se consigo pô-lo em ordem cá vai a penúltima saída da equipa Biclas TTeam.
Aconteceu no passado dia 24 de Abril e rumou a Cantanhede para a 2ª edição da Rota das Adegas.
Às 7h30 estava o pessoal cá em casa para tomar o respectivo café. O Pedro com a Sandra e o Pedrito, o Luis com a Bé, o Tiago, o João, o Bruno e eu, lá rumámos a Cantanhede onde nos iríamos encontrar com o Martinho e a Vera.
Mal tínhamos saído de casa, já o Bruno se queixava com a falta da carteira e a 8 km da chegada dava por falta dos sapatos. Contactos efectuados, lá convenceu a mãe a ir levar-lhe os sapatos antes da hora da partida.
Com tudo em ordem lá nos dirigimos para o local de partida, mesmo no centro de Cantanhede.
Depois das meninas da Red Bull fazerem o seu papel, lá arrancámos com destino à primeira adega (Adega do Pica), onde chegámos depois de passarmos por algumas vinhas da região.
Se quem participou na 1ª edição já tinha uma ideia do que seria a 2ª, quem lá ia pela primeira vez, pôs em acção as ideias que levava: comer e beber até onde podia.
À chegada fomos recebidos por um grupo de gaiteiros que nos conduziam à mesa composta com entrecosto rejoado, grelhados, petinguinha frita, bôla de queijo (?) e outros petiscos, com vinho tinto e espumante à descrição, foi um ver se te avias.
Com custo lá tivemos de partir com destino à 2ª visita do dia no entanto, pelo caminho lá se conseguia relembrar a adega que ficou para trás, uma vez que alguns dos participantes haviam conseguido trazer como recordação (efémera) algumas das garrafas postas às disposição.
Depois de percorrermos mais alguns caminhos da região, podendo inclusive apreciar alguns dos trabalhadores da região a cuidar da vinha para que a 3ª edição da Rota das Adegas possa ser levada a efeito, eis-nos chegados à Adega da Quinta de Baixo para continuarmos a saborear os petiscos (sólidos e líquidos) da região.
Também aqui ninguém deixou os créditos por mãos alheias e foi um ver se te avias para aliviar as mesas e as garrafas que tínhamos à disposição.
Também desta adega se conseguiram trazer recordações, mas como o percurso que se efectuou a seguir era em andamento livre ninguém esteve disposto a parar se não após a chegada.
Foram 15 km feitos essencialmente por single tracks espectaculares e que tiveram como pormenor (visto por poucos) o facto de no ar se sentir o cheiro a enchidos e conseguir-se ver mesmo algumas bolinhas proveniente de ingestão do espumante.
Feita a parte competitiva desta Rota, onde a Sandra conseguiu o 2º lugar feminino, seguiu-se para a Adega de Cantanhede onde foi o repasto final: leitão e espumante.
Satisfeitos, estava na hora de regressar a casa com a ideia de voltar na próxima edição.
Agora que estou a escrever esta crónica, vieram-me à ideia duas coisas: uma é a de que não tenho fotos para pôr, porque o Tiago ou não tinha rolo ou apagou as que tirou; a outra, e que também foi preocupação geral da Rota da Adegas, é que ainda não sei de onde eram os gaiteiros!?
A gente vê-se por aí.
Boas pedaladas.
João Torrão

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Passadas as folias do Carnaval e da Páscoa, eis-nos de novo em aquecimento, porque o Verão vem aí.
Chegado o dia 11 de Abril os Biclas TTeam rumaram a Conímbriga para pedalar na Serra do Sicó.
O Luís já era baixa confirmada à partida, a Sandra e o Pedro deram baixa ainda antes da 7h00 da manhã e o Nuno acabou por também não comparecer, mesmo assim éramos 9 a pedalar serra acima (e abaixo): o Capela, o Rogério, o Bruno, o Paulo, o Ruben, o Bruno Pinto, o Martinho, o Octávio (meu colega de trabalho) e eu.

Ainda não tinham dado as 9h00 já o grupo rolava pelos trilhos do Sicó.
Logo nos trilhos iniciais apareceu um engano: o GPS levou-nos por caminhos que já se encontravam tapados ou que se calhar nunca foram abertos.
Este engano levou-nos para um singletrack a subir de deitar o bofes.
Ultrapassada a dificuldade, lá seguimos em direcção ao traçado programado, que nos iria levar para a Senhora do Círculo.
Para lá chegar foi preciso trepar mais uma parede, deixando-nos mais uma vez com a língua de fora, seguindo-se a mais radical e perigosa descida do traçado, em direcção a aldeia de Casmilo.

Logo à saída da aldeia de Casmilo, aparecem-nos duas paisagens espectaculares que podemos apreciar nesta região: o campo de Lapiás e as Buracas de Casmilo.

Depois de apreciar-mos estes monumentos arquitectónicos moldados pela natureza, seguimos em direcção às eólicas, onde podemos atingir a altitude máxima (540m) desta volta.

A seguir a uma subida aparece sempre uma descida e aqui não foi excepção, sendo que esta foi em estradão, o que permitiu desfrutar da velocidade que o caminho permitia, apesar da gravilha que nos aparecia, criando alguns sustos.

Depois de ultrapassadas as maiores dificuldades em termos de subidas e dado o adiantado da hora, a opção foi a de começar a cortar caminho para que assim pudéssemos continuar a desfrutar da bela paisagem que a Serra do Sicó nos apresenta.
Assim, seguindo por estrada fomos para a Senhora da Estrela, onde tirámos a foto de grupo, o onde podemos reabastecer de água, antes de iniciar o caminho de regresso pela aldeia do Poio e pelo seu respectivo canhão.


O canhão do Poio é um singletrack onde ficamos de boca aberta pela sua beleza e que não nos deixa errar, pelo menos na sua parte inicial (para quem vem de Poios), e com densa vegetação no final.
Foi a partir da saída do canhão que começaram a fazer-se sentir os efeitos do calor que estava neste dia. Mesmo assim, continuávamos a seguir ou pelo menos a tentar, o caminho.
Mais uma vez fomos dar a um bêco sem saída: caminhos que foram abertos para fazer este traçado, estavam agora fechados não nos deixando alternativa. Pena o tempo perdido a tentar achar saída sem nunca conseguirmos, fazendo-nos voltar para trás, atalhando para a vila de Degracias de onde seguimos até encontrar o trilho um pouco mais para a frente.

Nesta fase já a decisão estava tomada: esquecermos a parte dos trilhos do Rabaçal atalhando terreno depois de passarmos por Quatro Lagoas e Vale Centeio, onde já escasseava a água para alguns dos companheiros, seguindo em direcção a Chancas e depois para a Serra de Janeanes.
Foi nesta aldeia, quando ainda faltavam cerca de 5km para chegar a Conímbriga que finalmente conseguimos abastecer de água. Um dos moradores que se encontrava à porta cedeu-nos dois garrafões para enchermos os bidons.
Ultrapassada a secura, estavam para vir as últimas dificuldades do dia: a ligação desta aldeia à do Poço tinha uma subida e duas descidas em empedrado o que as tornou mais dificeis do que fazer a subida.


Finalmente chegados a Conimbriga, ainda houve tempo para tomar um banho de água fria numa torneira existente nas ruinas e que serviu para retemperar as forças para a refeição que fizémos numa churrascaria de Condeixa.
Depois deste empeno mais uma fase de relaxe com a Rota das Adegas de Cantanhede já no próximo dia 24 de Abril a que se seguirá uma fase de preparação fisica e psicológica para o Caminho de Santiago que o Biclas TTeam irá fazer em Junho.
Para terminar e para quem estiver a seguir este blogue segue o link para o nosso calendário http://calbiclastteam.pt.vu/.
Boas pedaladas.
A gente vê-se por aí.
João Torrão