sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Finalmente começou o ano de 2010.
Com o primeiro fim de semana marcado pela chuva, ninguém quis meter o cabedal de molho (desde finais de Outubro que andava debaixo de água), por isso a primeira saída deste novo ano ficou adiada para o dia 9 de Janeiro, com a deslocação à zona de Sernada/Sever do Vouga.
Com a minha saída do trabalho marcada para as 8h00, o rumo foi directo para a estação de Sernada, onde aguardei a chegada do meu amigo Vaia (da equipa Guersan), e do resto do pessoal que se juntaram em Vale de Ilhavo: o Martinho que foi buscar o Ruben, a Sandra e o Pedro que foram apanhar o Bruno, o Nuno e o Ilídio. A nós ainda se juntaram mais três amigos que por ali estavam para também pedalar.
Espero e desejo que o ano de 2010 não se reflicta neste dia 9 de Janeiro. Será certamente dos dias mais frios deste ano (e ainda só estamos no inicio) e as consequências desta volta poderiam ter sido, espero que não, marcantes.
Com o frio que estava, a opção foi a de rolar o mais possível antes de apanhar as maiores subidas, de maneira a fazer-se um aquecimento gradual, por isso seguimos em direcção à ecovia durante alguns quilómetros e antes de entrarmos na referida, junto à foz do Rio Mau (?) entrámos no mato, seguindo num estradão paralelo ao rio.
Sempre subindo, sem grandes complicações, lá fomos aquecendo, uns melhor do que outros, desfrutando da paisagem que se nos apresentava, ora por um lado ora por outro.
Antes de chegarmos ao parque da Cabreia (Silva Escura), ainda pudemos apreciar umas cascatas junto à fundição das minas do Braçal (mea culpa Martinho) por onde passámos a seguir.
A partir de Silva Escura o grupo encurtou, uma vez que um dos amigos que se tinha juntado a nós se sentiu indisposto e decidiu voltar por estrada.
Depois de mais alguns quilómetros por montes e vales, por opção decidiu-se começar o regresso sem ir às cascatas da Fílveda.
Se a opção foi boa ou má ninguém sabe, o que é certo é que logo a seguir apareceu o primeiro contratempo e logo comigo: furo.
A cobra era tão grande que o anti furo não deu para tapar a mordidela. Roda fora, há que meter câmara nova e ingenuidade tamanha, três homens de volta duma roda e nem se aperceberam que o pneu tinha ficado mal encaixado, resultado: mais uma câmara p'ró galheiro.
Tudo pronto, à que rolar novamente. Ao fim de mais uma dezena de minutos, chegámos ao marco geodésico donde pudemos, apesar da neblina que se fazia, apreciar uma paisagem deslumbrante.
Ala que se faz tarde e como não há pressa que não dê vagareza, mais um contratempo: na descida a Sandra caiu. Sem se saber muito bem porquê, a corrente trilhou entre a cassete e a roda, de tal maneira que para se tirar a roda teve de se cortar a corrente. Depois de alguns trabalhos técnicos, dignos de uma equipa de engenharia, a bicicleta ficou a andar sem empenos de maior.
Ainda faltava um bom bocado de caminho e antes de chegarmos à Casa do Guarda, mais uma ratoeira nos esperava: na descida que a antecede, um rego transversal, atira o Martinho para o chão. Bastante combalido, logo ali se notou que só com muito custo conseguia travar.
A partir dali o regresso prometia ser mais cauteloso, mas ainda as palavras não tinham sido proferidas já o Bruno e Ruben, que lideravam e pelotão, por pouco não se espalhavam pela valeta fora, numa curva feita a alta velocidade.
Depois de passarmos por Vila Nova de Fusos, por Mouquim, onde as laranjas até caíram bem, e por baixo da A25, onde à 13h00 ainda havia gelo, chegámos finalmente a Sernada.
Depois das bicicletas arrumadas, estava na hora de ir pôr em prática o que já começa a ser praxe: saborear o redanho do bar da estação.
Ainda antes de irmos ao bar, estivemos à conversa com um grupo que tinha vindo de Famalicão, os Amigos do Pedal, para fazer um Passeio de Casais, pela ecovia até Paradela, e a quem eu, em nome do Biclas TTeam mando um abraço e desejo um 2010 cheio de pedaladas. Teremos certamente mais oportunidades de pedalar juntos.


Finalmente tratados, tanto fisica como espiritualmente, estava na hora do regresso.
A certeza de que só nos iríamos encontrar novamente em Sepins, no próximo dia 17, dominou as conversas de despedida.
Na hora que escrevo este relato, tenho uma certeza: a ida a Sepins está assombrada pelo mau tempo que continua a fazer-se sentir. Que vou lá vou; que vou andar de bicicleta, só a maluquice da hora o dirá.
A gente vê-se por aí.
Boas pedaladas.
João Torrão

Sem comentários:

Enviar um comentário